Entrevista com: Cleide Machado

ARANDU: Você poderia fazer uma breve apresentação da sua história e da história da sua empresa?

Cleide: Eu me chamo Cleide Machado Leite, tenho 56 anos, cabeleireira há 30 anos. Gosto muito de cozinhar, amo pimentas, então há uns 10 anos comecei a fazer molhos artesanais. E há dois anos e meio eu comecei a fazer geleia de abacaxi com pimenta, amei, daí resolvi fazer um curso sobre geleias artesanais. Então, eu só vendia as pimentas para minhas clientes do salão, quando fiz curso de geleias comecei a fazer feiras com produtos artesanais. E antes de tudo isso eu estava muito desanimada com meu salão e resolvi fazer algo diferente e então comecei as geleias. Comecei a participar de vários grupos de empreendedores e isso abriu minha mente para algo novo. Não posso deixar minhas clientes do salão então faço as duas coisas, mas sei que essa nova etapa em minha vida foi um presente de Deus. Um dia eu perguntei ao Senhor se estava certa fazendo as geleias, e ouvi nitidamente uma voz: "marque esse dia e eu mudarei a sua sorte". Então nessa pandemia eu não parei, aqueles que já experimentaram meus produtos, sempre tenho algumas encomendas. Parei de poder fazer as exposições, mas fiz vendas pela internet usando Instagram e amanhã eu começo a retornar minhas exposições de geleias, vou participar da minha primeira feira esse ano.

ARANDU: De onde surgiu a ideia para a criação do seu negócio?

Cleide: Eu creio que quando estamos com alguma dificuldade na nossa vida, sempre há algo melhor para acontecer, basta a gente saber tirar algo do momento ruim que estamos passando e visualizar algo bom. Sempre gostei de fazer geleias, então me identifiquei.

ARANDU: Quais foram suas maiores inspirações para começar?

Cleide: Tive através das pimentas, amo pimenta e através de receita que posso usar eu cheguei até as geleias, gosto muito da pimenta dedo de moça, é saborosa, não muito ardida, com ela faço molho e também elas em conserva, geleia de pimenta e geleia tailandesa, que a base também é pimenta.

ARANDU: Quais foram as maiores dificuldades encontradas no caminho?

Cleide: Não tinha nenhuma reserva, então peguei meu dinheiro do dia a dia comprei meus primeiros vidros, mandei fazer um pouco de etiquetas e comecei assim, fazendo os cursos de empreender aprendi a separar meu dinheiro da casa, do  salão e das geleias.

Ainda está difícil, mas sei que vou alcançar o meu objetivo tendo foco, determinação, fé e sei aonde quero chegar.