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Entrevista com: Enicler Sasdelli

  • Foto do escritor: Projeto Arandu
    Projeto Arandu
  • 14 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

ARANDU: Você poderia fazer uma breve apresentação da sua história e da história da sua empresa?

Enicler: Nasci em 13 de junho de 1936, vim de família humilde, escola pública do primário até a universidade. Decidi fazer medicina no segundo grau pois sempre gostei de tratar com pessoas e esta é uma profissão que se faz bem se você tiver compaixão, empatia. Médicos da minha geração (tenho 40 anos de formada)  não lidam bem com sistemas de trabalho engessados, não ter um consultório seu, depender do estado ou de uma empresa pode ser considerado um sinal de pouca capacidade. Médicos estão no ápice de sua carreira profissional lidando com a falta de recursos.


ARANDU: De onde surgiu a ideia para a criação do seu negócio?

Enicler: Como expus acima, a minha geração entendia o médico como um ser livre e solto, sem ninguém para dizer o que você deve ou não fazer com o seu paciente. Era um caminho natural, hoje a medicina mudou, ficou mais cara, mais complexa, com mais protocolos para serem seguidos, e com um comércio de convênio médicos muito grande para se competir sozinho.


ARANDU: Quais foram suas maiores dificuldades para começar?

Enicler: Claro, não há crescimento sem dificuldade, sem erros não há acertos. Primeiro a dificuldade financeira, ter que entrar em uma escola pública, depois estabelecer-se no mercado onde você só sobrevive se fizer bem feito, mas se você acertar 5 mil vezes e errar 1, pode ser fatal para o paciente e para você. A cobrança que se faz todos os dias se escolhermos o melhor e o certo para os pacientes assombrarão nossas consciências para sempre.


ARANDU: Muitos negócios utilizam as redes sociais para mostrar seu trabalho, por que a senhora não optou por usá-las?

Enicler: Como disse, pertenço à uma outra geração, o código de ética antigo não permitia nem a divulgação de seu nome em nada que não tivesse cunho científico ou de utilidade pública, meu trabalho exige confiança, exige proximidade e confidencialidade. Meu objetivo não é me promover mas prover a saúde dos meus pacientes. Admito que pode sim ajudar de muitas maneiras e as mídias são uma delas, mas algo em mim ainda precisa do contato com o paciente para trabalhar melhor. Veicular informação médica é muito arriscado, lembrando um professor (grande mestre professor Josias) "informação é como bicho na gaiola melhor inteiro do que meio". Espero ter ajudado e principalmente inspirado vocês a trabalharem muito, perseguir os sonhos e lembrar sempre que a cada geração se vive mais, mas será que vivemos melhor? O que fazer para que quando vocês estiverem lá na velhice tenham respeito dos demais, trabalho, ocupação, saúde e se sintam parte atuante da sociedade.

 
 
 

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Feito com carinho por Adrielli, Bianca, Bruna, Eric e Laura, em 2020. ❤

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